Todo ano milhões de brasileiros são submetidos a cirurgias de redução de estômago ou cirurgia bariátrica. O histórico é sempre o mesmo: depois de várias tentativas sem sucesso para emagrecer, tomamos uma decisão que pode ser radical: fazer a cirurgia de redução de estômago.
Algumas pessoas encaram a gastroplastia como uma ‘mutilação’, loucura, falta de vontade etc. A verdade é que somente quem é obeso mórbido sabe o quanto é importante e necessário um procedimento como este. A pessoa que se propõe a uma cirurgia de grande porte como é o caso da cirurgia bariátrica, não precisa emagrecer 10 ou 20kg. Na grande maioria dos casos (e eu torço que realmente seja isso), a necessidade de ter mais saúde vem junto com a necessidade de emagrecer 30, 40, 60kgs. É fácil julgar, mandar comer menos e dizer que você SÓ tem que emagrecer 30kg. Sabe quanto é 30kg? Pelo menos 6 pacotes de arroz!!! Não é pouco não e menos ainda, fácil de se conseguir, porque na maioria das vezes a obesidade severa vem associada com outras doenças como: pressão alta, dificuldade de locomoção, dores nas juntas do corpo etc.
A cirurgia de redução de estômago salva muitas vidas quando é indicação é feita com critério e o paciente, tem um acompanhamento com uma equipe multidisciplinar. Em alguns casos, isso não ocorre, porque infelizmente as pessoas procuram a forma mais fácil de resolver as coisas. Preferem decidir hoje a fazer a cirurgia, em uma semana estar com exames prontos, marca a cirurgia e paga por ela e na outra semana, a pessoa está operada, emagrecendo e totalmente insatisfeita com tudo, porque não esperava que tivesse que passar pelas fases líquidas, pastosas e sólidas. O despreparo também por parte de pessoas que se submetem à cirurgia através de planos de saúde é imenso. Todos os dias converso com pelo menos 5 pessoas que não tem qualquer suporte psicológico ou nutricional e por aí, vai se esbarrando nas dificuldades de manter uma alimentação balanceada.
A cirurgia de redução de estômago é vista como o pote de ouro. A redução de estômago NÃO vai mudar sua vida, mas se você mudar a sua vida, com certeza a cirurgia vai te ajudar.
1) Não será fácil
É muito tentador achar que a cirurgia será uma cura mágica. Na verdade, o sucesso depende de muita determinação do paciente para seguir as recomendações alimentares e se adaptar aos novos hábitos
2) Os resultados não serão imediatos
Normalmente, o resultado e a perda de peso total é vista depois de 1 a 2 anos da cirurgia. Portanto, não ache que vai sair do centro cirúrgico magra.
3) A cirurgia não vai mudar sua relação com a comida
Costumo dizer que a cirurgia é uma ferramenta, que com o tempo, vai precisar de alguns reparos e quem fará isso é o próprio paciente. Não adianta achar que fez a redução de estômago que nunca mais vai engordar, que vai poder comer tudo e na quantidade que sempre comeu. Mentira! Acredite, a compulsão alimentar não vai deixar de existir porque seu estômago foi reduzido.
Por isso e outras coisas, sempre falo e bato na tecla da importância do acompanhamento pré e pós-cirúrgicos com profissionais da psicologia e nutrição. Sem isso, é fato que haverá consequências: depressão, distúrbio de imagem (quando a pessoa não se vê realmente como ela é), substituição de prazeres como chocolate por sexo, compras compulsivas, maior ingestão de álcool etc.
4) Você não vai virar uma top model
Não faça a cirurgia achando que vai emagrecer e ficar como uma modelo e sem necessidade de plásticas reparadoras. São raros os casos que isso acontece. Tire da sua cabeça o padrão de beleza que a mídia impõe, porque é algo inatingível, além do mais, você pode realmente ficar desapontada com a flacidez pós-emagrecimento. Não espere milagres!
A busca por cirurgias de redução de estômago tem aumentado substancialmente no Brasil. O SUS (Sistema Único de Saúde) começou a realizar a cirurgia em 2001 e de lá pra cá o numero de procedimentos cresce de forma surpreendente. A garantia de perda peso, e em grande quantidade, leva muita gente a procurar esse tipo de procedimento para alcançar o peso ideal.
Esse tipo de cirurgia é indicado, principalmente, para pacientes com obesidade mórbida. Para saber se o paciente está ou não com obesidade mórbida é feito um pequeno cálculo matemático, divide-se o peso pelo resultado da multiplicação altura x altura. Vamos explicar melhor, se você tem 1,60 de altura e pesa 90 quilos então calcula-se 90/1,60×1,60, você multiplica primeiro a altura e depois divide 90 pelo resultado da multiplicação. Se o resultado deste cálculo for de 40 pra cima o paciente está com obesidade mórbida, lembrando que o valor para peso considerado normal é de 18.5 a 24.9, acima ou abaixo disso o paciente deve começar a cuidar.
A obesidade mórbida é considerada uma doença grave e pode até matar, por isso o mais recomendado é a cirurgia de redução de estômago. Uma das técnicas mais usadas nesse tipo de cirurgia é a colocação de uma espécie de anel em volta do estômago; a outra, é dividir o órgão deixando uma parte bem pequena para receber a comida. Para fazer a cirurgia é necessário passar por uma avaliação médica rigorosa de exames e exercícios. No entanto, fazer a cirurgia apenas não basta, médicos afirmam que para o tratamento dar certo é preciso adotar hábitos mais saudáveis e ter um acompanhamento de especialistas.
E por último, mas não menos importante, gostaria de parabenizar minha querida amiga Cibele, por ter enfrentado todas as dificuldades -principalmente psicológicas- que o pós-cirurgia proporciona e hoje, estar linda e maravilhosa!!
Parabéns, Cibele querida!! \o/
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