Em tempos de corrida pela preferência dos consumidores e pelo aumento nos números das vendas, as empresas não têm medido esforços para chamar a atenção dos jogadores. Algumas novas produções trazem edições especiais recheadas de itens exclusivos, presentes tentadores e até versões diferenciadas para quem fizer pré-compra de lançamentos.
Com isso e com o aumento considerável na quantidade de jogos que são lançados mensalmente, parece que a indústria entrou em um processo de padronização de capas. Não que isso seja uma crítica propriamente dita, mas podemos sim fazer tal constatação, depois de observarmos algumas escolhas gráficas feitas por algumas empresas. Veja o caso da Rockstar quanto às capas das produções da franquia Grand Theft Auto.
Se você nunca tinha reparado nisso, a semelhança das imagens é realmente muito notável. Claro que essa postura da desenvolvedora é muito mais em função de construir e firmar uma identidade visual para a série, mas isso não a exime do patamar de “construtora de capas padrão”. Inclusive, cada uma das artes segue até a mesma colocação de elementos – como bem aponta o site Kotaku.
O nome do jogo
Em outros casos, é muito comum que a ordem adotada pelas empresas seja colocar o nome do jogo em destaque no centro da capa, bem a frente da imagem do protagonista da aventura. A franquia Resident Evil é campeã em fazer dessa fórmula o norte de praticamente todas as versões americanas de seus jogos.
Já quando o gênero das produções é esportivo, a prerrogativa muda um pouco. Como esportes, corridas e outras modalidades de competição não contam com alguma unanimidade, a ideia é colocar pelo menos um grande craque estampando o título. Para deixar mais padrão ainda, o fundo das imagens é geralmente branco ou há algo que remeta ao local óbvio em que se pratica a modalidade.
Lionel Messi, Michael Jordan, Tiger Woods ou Anderson Silva – todo mundo já esteve na linha de frente da capa de um jogo de sua modalidade
Logos, marcas e segredinhos
É claro que nem todas as empresas usam exatamente esse mesmo padrão. Quem é fã de RPGs já deve ter notado que por trás do título de todos os jogos Final Fantasy há sempre uma espécie de símbolo. A logo que estampa a caixa (e geralmente a tela de abertura dos games), além de compor o visual da icônica franquia, também carrega consigo um significado muito mais profundo e importante.
Os desenhos estilizados sempre trazem algum elemento de extrema importância em cada aventura. Essa prerrogativa é levada tão a sério que em determinados casos – como em Final Fantasy XIII – o significado da logo praticamente entrega o que acontece no final da aventura. Em outros, como no amplamente reconhecido Final Fantasy VII, a figura traz um meteoro, que representa o poderoso golpe disparado pelo vilão Sephiroth, em sua empreitada para se tornar um ser divinamente poderoso.
Receita para se fazer uma capaPegue papel e caneta para anotar os ingredientes
Que tal você montar sua própria arte de capa de algum game? Vamos tentar reunir a maioria das características comuns a qualquer tipo de jogo e construir uma ilustração que seja extremamente genérica. Mas a abrangência da composição deve ser tão grande, que deve ser possível utilizá-la para inúmeros títulos, sempre passando a sensação de que a arte foi pensada especificamente para a produção em questão.
Então, sem mais delongas, pegue um papel e uma caneta para anotar o que você vai precisar. Será o seguinte:
- Um herói. Pois é extremamente necessário que alguém encabece a história.
- Uma vítima, mocinha ou outra personagem feminina. Possivelmente o objetivo do nosso protagonista será zelar pelo bem-estar da cidadã, resgatá-la de algum perigo ou algo que valha a aventura...
- Uma boa explosão. Ora, a jogatina possivelmente vai ter tiroteios, corridas de carro, solução de puzzles ou confrontos com chefes... Alguma dessas situações vai exigir que alguma coisa exploda!
- Algum elemento para compor o cenário.
- E, por fim, um cachorro. Sim, eu gosto de cachorros e nem é preciso dizer que o animalzinho está “super na moda” colocar cães em games.
- Pronto! Agora basta unir tudo em uma única imagem.
E não esqueça de atribuir atribuir as caixinhas para as plataformas que seu joguinho será disponibilizado.
Vale lembrar que, se o seu produto for direcionado ao mercado europeu, será preciso fazer uma versão especial da capa para o velho-continente. Mas não se preocupe com o excesso de trabalho. O pessoal da Europa gosta de coisas minimalistas, com poucas cores e com grande destaque para apenas um ou outro elemento de cor mais intensa.
Então, basta tirar quase todos os elementos da sua capa anterior, colocá-los em um fundo branco e escolher alguma cor que tenha capacidade de chamar a atenção. Se o resultado final ficar parecido com uma capa de livro, você está fazendo isso direitinho. Parabéns, agora seu jogo tem abrangência mundial!
Você conseguiu identificar algum jogo que pudesse usar essa arte do fictício “The Random Game”? Então não deixe de nos contar nos comentários abaixo!
Fontes: Games Radar, Kotaku.
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